Opinião
Governo quer “assegurar uma exploração sustentável das reservas de lítio existentes” no país.
Governo pretende criar em 2020 um “cluster” do lítio e da indústria das baterias e vai lançar um concurso público para atribuição de direitos de prospeção de lítio em nove áreas do país.
Esperemos que desta forma se acabe com a confusão existente entre as empresas concorrentes e as acusações sem fundamento e se concretize ou não a exploração do lítio, nomeadamente no concelho de Montalegre e Boticas.
O Orçamento do Estado para 2020, foi entregue na Assembleia da República pelo Governo em16-12-2020, diz que o governo pretende lançar concurso público para atribuição de direitos de prospeção e pesquisa de depósitos de minerais, nomeadamente lítio e minerais associados. Pretende-se assim, assegurar uma exploração sustentável das reservas existentes, que depois de estudo de impacto ambiental e ouvidas as Autarquias e as populações decidir se é ou não vantajosa a sua exploração. Temos também de ter em conta que no caso de uma decisão positiva à sua exploração, toda a cadeia de valor do mineral o seu tratamento se mantenha junto da exploração para criar valor e travar a desertificação das nossas aldeias, como a maioria dos países desenvolvidos já faz. As operações de mera extração não têm por si só grande interesse. É necessário e investir também na metalurgia e em atividades de maior valor acrescentado no âmbito da indústria de baterias.
É publico que o executivo Municipal de Montalegre e o seu Presidente, Orlando Alves e os Barrosões deste Concelho, são contra qualquer tipo de exploração que não tenha em conta a salvaguarda do impacto ambiental da exploração deste minério e o desenvolvimento da região de Barroso, em que todas as fases de tratamento do minério têm que ser feitas no local para criar valor. As correções previstas ao impacto ambiental devem ter verbas disponíveis em conta bancária própria gerida pelos poderes locais e ambientalistas para executar as correções necessárias e previstas, enquanto a exploração avança. Deixar as correções ambientais para o final da exploração do mineral pode ser muito perigoso no caso de encerramento das empresas. Vamos aguardar serenamente os próximos desenvolvimentos e tomar a decisão acertada, depois de ponderar bem todas as variáveis.
Manuel Afonso Machado