A Guerra entre Israel e Hamas, Pode ampliar-se!

0
300

A guerra entre Israel e o Hamas tomou o mundo de surpresa há quase duas semanas. O ataque bárbaro em solo israelita, perpetrado pelo Hamas a 7 de outubro, virou o tabuleiro do jogo e desde aí que o território se tornou num dos maiores focos de atenção à escala global – com direito a cobertura 24 horas dos desenvolvimentos.

Era impossível que os ataques de Israel – a pontos considerados estratégicos na Faixa de Gaza, com o objetivo de neutralizar o Hamas – não fizessem vítimas civis, mas as notícias de que teriam atingido um hospital fizeram extremar posições. A história não será como se contou inicialmente, embora ainda falte uma avaliação independente para garantir que foi mesmo a jihad islâmica a atingir as instalações hospitalares. As autoridades de Gaza dizem que é um massacre sobre o povo palestiniano, mas Israel nega qualquer envolvimentoafinal, o que se passou no hospital al-Ahli?

A guerra sempre se fez de informação e contra-informação, mas há verdades impossíveis de negar: a crise humanitária está a agravar-se e tornava-se cada vez mais prioritário encontrar uma solução para a passagem de ajuda à população da Faixa de Gaza. Felizmente, o Egito já anunciou uma “passagem duradoura” através de Rafah, após um acordo feito com os EUA – e esta quinta-feira há encontro com Guterres no Cairo. Há mais de 200 camiões, com 3000 toneladas de ajuda, já posicionados junto à única ligação de Gaza ao Egito. Às dificuldades provocadas pela inexistência de rotas seguras para as organizações humanitárias

O mundo, o mesmo que se surpreendeu com o reacendimento do conflito no Médio Oriente, parece seguir sobre gelo fino, quebradiço. Tão fino que até Marcelo Rebelo de Sousa recomenda cautela nas palavras ou mesmo silêncio. “Este é o momento de fazer tudo para que verdadeiramente haja futuro, numa situação e numa região que tem sofrido muito ao longo do tempo”, expressou o PR. “Isso ganha-se com o silêncio, com a diplomacia se possível, mais do que com o falar publicamente na matéria”, considerou. Já António Costa optou por ser mais vocal, defendendo o cessar-fogo e considerando que o cerco a Gaza viola o direito humanitário.

Não há como negar os esforços diplomáticos dos últimos dias, apesar da diplomacia do cancelamento –a expressão é de Daniel Oliveira – que também faz os seus estragos.

Certo é que os líderes mundiais estão concentrados na guerra entre Israel e o Hamas e, depois de Joe Biden (a visita é analisada aqui), esta quinta-feira será marcada pela visita do Rishi Sunak, que já aterrou em território israelita. O primeiro-ministro britânico deverá estar dois dias no Médio Oriente, com encontros marcados tanto com Benjamin Netanyahu como com o Presidente Isaac Herzog. O Expresso está a acompanhar a visita em direto, enquanto nos bastidores da diplomacia se prepara já a ida de Macron, ainda esta semana. Também Erdogan quer ser um mediador decisivo entre Israel e o Hamas, repetindo o posicionamento que adotou entre a Ucrânia e a Rússia.

conflito ainda parece estar longe do fim, mas a análise prospetiva das consequências políticas já começa a ser feita. Em Israel, parece ser líquido: a impreparação face ao movimento terrorista palestiniano Hamas será fatal para a carreira política de “King Bibi”, que acabará destronado assim que a guerra acabar.

Fonte: Expresso

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here