TRAVAR A INFLAÇÃO NÃO À CUSTA DA ECONOMIA.
No tempo do Dr. Passos Coelho travou-se o consumo e quase destruiu a economia. Tratava-se em ir para lá da Troika.
Todos os economistas sabem que a quantidade de moeda disponível no mercado influencia o consumo nacional. Se houver moeda disponível as pessoas compram, se não houver deixam de comprar.
Um dos grandes motores da economia é a Procura Interna (PI) que está em baixo devido à inflação e à subida dos bens de consumo e da energia. E não é coisa pouca, porque só o efeito psicológico é dramático e vai levar à quebra da procura interna como já aconteceu no governo de Passos Coelho.
Não é retirando recursos as pessoas sem critério que se relança ou mantêm um País a funcionar. Em nossa opinião o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) está muito ligado aos serviços e a empresas para modernização, não criando postos de trabalho efetivos como será o caso da CP e do setor empresarial do Estado. Admite-se que com a modernização empresarial possa até haver ajustamento de em baixa de efetivos sobrantes desses serviços.
Deve-se também aproveitar para criar um cluster empresarial ligado à ferrovia, a exemplo da antiga Sorefame para as necessidades do País e disponibilidade para trabalhar para o exterior.
Retirar moeda do mercado à custa da diminuição do rendimento das pessoas pode ter custos políticos enormes e prejudicar gravemente a economia.
Manuel Afonso Machado – Economista