Os trabalhadores e pensionistas portugueses estiveram limitados ou mesmo impossibilitados de gozar as suas merecidas férias.
A inflação é a principal razão das pessoas se retraírem no gozo de férias para não gastarem dinheiro que lhes pode vir a fazer falta. Precaução e água benta nunca fez mal a ninguém.
As férias bem geridas ao longo do ano são um modo de recuperação do ânimo e da saúde física e mental dos trabalhadores com vantagens importantes para as empresas.
De acordo com o estudo do EUROSTAT a proporção da população que não pode pagar férias aumentou em mais da metade dos estados membros da União Europeia (UE) desde 2019 e a proporção de trabalhadores sem essa capacidade financeira também cresceu em Portugal.
Com o aumento dos lucros das empresas nacionais e europeias, significa que executivos e acionistas acumularam mais riqueza, em detrimento dos trabalhadores, que foram penalizados pelo aumento do preço dos bens de consumo de primeira necessidade.
O aumento da desigualdade na qualidade das férias amostra que a economia nacional e europeia não está a funcionar para os trabalhadores.
Se em Portugal não houver rapidamente um aumento de salários e pensões que reponha o poder de compra dos portugueses, estes podem sair para a rua reivindicar os seus direitos com manifestações pelo facto de serem sempre os mesmos a fazer sacrifícios para pagarem as crises a que são alheios.
